Muito se fala em vida saudável nos dias de hoje, mas poucos sabem do que se trata realmente ter uma vida assim. Praticar, então, essa tal vida saudável, fica mais difícil ainda!
Há muita informação no mídia, internet, jornais, entretanto muitas são as dúvidas...
Este espaço foi criado para divulgação de informações sobre tópicos relacionados a saúde, atividade física, dietas e assuntos afins, com um foco especial na área da Endocrinologia, na qual atuo.
Aproveitem!!!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Sibutramina: eu uso. E agora?!

Sibutramina: eu uso. E agora?!

Todos ficaram alarmados com as últimas noticias sobre aumento de mortalidade associada ao uso de sibutramina. Foi um tal de gente ligando para seus respectivos médicos, para conhecidos médicos, todos alarmados com o "fantasma" do medo de usar sibutramina. Isso , na verdade, reflete uma postura de uso indiscriminado e SEM acompanhamento médico de remédios para emagrecer, que resulta no medo da desinformação e uma certa culpa por usar sem ter "conhecimento de causa".
Vamos aos eclarecimentos cabíveis:

1- A sibutramina é uma droga que como outra qualquer deve ser usada sob prescrição médica, de especialista no assunto. Não há espaço para prescrição por "curiosos" nem auto-medicação;

2-Houve aumento de mortalidade no sub grupo de pacientes que já apresentavam, sabidamente, no início do tratamento, doença cardíaca (infarto prévio ou angina), doença equivalente a doença cardíca (que é a doença obstrutiva da artéria carótida ou de outras artérias, por exemplo das pernas), doenças vascular cerebral (já tiveram no passado isquemia cerebral, derrame ou isquemia transitória), ou hipertensão arterial descontrolada. Esse grupo de pessoas estava sob estudo pois queriam saber se era seguro usar essa droga, nesses individuos. Na prática clínica, não era indicado usar sibutramina nesses indivíduos justamente por não se saber da segurança da droga. Ou seja, profissionais conhecedores do remédios, não tinha evidencia cientifica para prescrever sibutramina nesses casos, e na sua maioria, não prescreviam!

3- Diversos estudos mostram segurança do seu uso em pacientes com hipertensão arterial controlada, e sem doença cardiovascular ou seus equivalentes. Não há por quê condenar essa arma tão importante do nosso arsenal terapêutico para obesidade.

A mensagem que fica, mais uma vez, é primar pelo uso RESPONSÁVEL e vigiado da droga, com orientação de profissional capacitado.

Até mais!