A mais recente notícia bombástica:
FDA Drug Safety Communication: FDA Recommends Against the Continued Use of Meridia (sibutramine)
(FDA RECOMENDA A SUSPENSÃO DA SIBUTRAMINA)
E agora ? O que isso significa? Tenho que suspender imediatamente o uso da sibutramina? Vou morrer do coração se continuar usando?
As dúvidas que pairam na cabeça dos usuários são muitas. Criou-se um clima de inssegurança e desespero na endocrinologia, afinal, estariam todas as drogas usadas por nós com tanta fé e segurança condenadas? Revendo os fatos:
1º foi o Acomplia (rimonabanto), retirado do mercado, com substancial grau de evidencia suportando essa decisão ;
2º o Avandia (rosiglitazona), precipitadamente, e com menor grau de evidencia, já que a decisão foi apoiada por meta-analises duvidosas e sem a oportunidade de que se completassem os estudos de segurança cardiovascular em curso;
3o a Sibutramina ameaçada de sair do mercado, agora de forma inteiramente precipitada e deseperada. Vejamos o porquê: O FDA basea seu argumentos nas evidencias recentes do estudo Scout no qual houve maior número de infato do miocárdio e AVC não fatal naqueles que usaram o medicamento. A população do estudo entretanto eram pessoa que JÁ tinham tido algum evento cardiovascular (o que é contr indicação para o uso da medicação) ou diabéticos tipo 2 com algum fator de risco outro para doença cardiovascular. Deste modo, devria ser recomendado e reforçado que pessoas COM DOENÇA CARDIOVASCULAR no passado ou atual não use esse remédio, além dos diabéticos. Isso não vale para os obesos apenas com fatores de risco ( e não diabéticos) ou obesos jovens pois inúmeros estudos já foram feitos nessas populações sem que fosse demostrado malefício.
É muito injusto esse posicionamento radical de proibir pra todos por causa de malefício restrito a alguns. Subestima a capacidade de julgamento do médicos e condena os que tem boa pratica da endocrinologia.
Acho que nós , medicos ativos e que repeitam os limites e se informam adequadamente temos que nos mobilizar nos posicionando e impedindo que a Anvisa "entre nessa onda"!
Até mais!!
Mariana Farage
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